segunda-feira, 29 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quem Diz o que Quer...

Certas coisas não deviam ser faladas. Certas coisas não deveriam nem ser pensadas. Infelizmente, controlar o pensamento alheio está fora do alcance do mais poderoso dos mortais. Embora seja um sonho de todo neurótico compulsivo. Essa neurótica compulsiva que vos fala não consegue nem controlar o próprio pensamento, quem dirá o dos outros. Humpf!
Ok, mas que deveria existir um filtro obrigatório entre o pensamento e a fala, ah isso deveria. Tem gente que não tem filtro. Acho que todo mundo tem uma amiga assim. Amiga? Bom, é sempre meio chato e incômodo se encontrar com ela. Você se arruma mais do que o normal, retoca a maquiagem mais de mil vezes, tem mil novidades maravilhosas para contar, mas...ela sempre vai achar um defeito. E pode se preparar! Porque ela vai falar. Ah, se vai. Até que um dia alguém cansa!
Foi o que aconteceu na casa da Fulana-sem-filtro, numa reunião de amigos. Quando, Siclana e o marido chegaram, Fulana-sem-filtro logo comentou: “Nossa como você engordou depois do seu casamento”!!!
Siclana não perdeu o rebolado e respondeu na lata: “Não sabia não? A minha meta pós-casamento é explodir. Faltam cinco quilos”!!!!
Fulana-sem-filtro ficou calada, sem rebolado e sem magoar ninguém pela eternidade de uns 15 minutos. E a galera-com-filtro foi ao delírio...apenas em pensamento.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Epílogo

Percebi que Tanto faz!
Tanto faz por onde você anda,
Porque a minha rua é de ladrilho
A sua é de petróleo.
Tanto faz a melodia que toca
Se você sente rock,
Eu vibro samba.
Tanto faz o caminho
Porque o meu chão é de terra,
A sua estrada é de grama.
Tanto faz o futuro
Se você toca estrelas em dó maior
E eu seguro cometas em mi menor
Tanto faz o pecado
Se meu é a luxuria
E o seu, o amor que a mim não pertence
Tanto faz o momento
porque o meu tempo é tomara
E o seu é talvez
Tanto faz Tudo
Tudo tanto faz
Já que nossa história é pó do quando.
Tanto faz
Já que agora, o nosso tempo é jamais.

Se ainda no meu peito, mora gasta a solidão
Má, rio de mim, a última gargalhada da rejeição
Pois se para ele tanto faz
Decretei que para mim também!
Neste poema jaz
O último fio de dor
O último olhar para trás
O último conjugar do verbo amar ou odiar
Para este objeto direto.
Aqui, agora jaz, em paz
Uma historinha de amor
Que tanto fez e tanto faz.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Despacho


Como foi mencionado em um dos textos abaixo, um espírito gordo se encostou no nosso querido 301. Em tempos de Chico Xavier e Nosso Lar, vivemos um filme espírita sem sair de casa e sem gastar com o cinema... Gastamos no supermercado, nos restaurantes, padarias e lanchonetes mesmo. Esse texto tem um único objetivo: Despachar essa entidade obesa!

 “Querido (a) irmãozinho (o), ou melhor, ‘irmãozão’ (‘ona’).

      A vida é como um facho de luz, um lampejo, um suspiro diante da eternidade. Compreendo que somos boas companhias, (somos muito legais mesmo), e que temos gostos em comum (principalmente os alimentares). Mas continuar aqui é um atraso de vida, quer dizer, de morte, pra você. E um ‘adianto’ para nós que vamos acabar entupindo uma veia, com tanta comilança. Saiba que gostamos muito da sua presença, mas visita, após uma semana, começa a feder. Então levanta esse rabo gordo, de onde quer que ele esteja repousado e caminhe em direção a luz. Caminhe não, corra pra já ir emagrecendo. Siga qualquer luz desde que seja fora desse apartamento! (Olha a varanda que linda!) Go!  E que venha, agora, o espírito da Vitória, Victoria Beckham !
                                   Atenciosamente,
                                                            Moradores do 301”


P.s: Acabei de ver a moça do 302 subindo com uma caixa de bis de limão.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comer Pecar Recomeçar

Gula! Talvez o mais tentador de todos os pecados. A gente lida com comida várias vezes ao dia, todos os dias. É uma luta! No ringue: o prazer imediatoX consequências. E a gente tem que se lembrar a todo o momento as razões pelas quais não se deve ceder ao prazer inenarrável de cair de boca numa feijoada ou numa panela de brigadeiro. Ultimamente, o prazer imediato tem vencido todas as disputas no 301. Tem um Espirito Gordo habitando o apê e ele está aterrorizando nossas vidas.
Nós abrimos a porta para ele num domingo chuvoso do mês de setembro. Decretamos: hoje é dia de gordo! Valia tudo! Afinal, a segunda, dia internacional da dieta, chegaria logo, redimindo todos dos imensos pecados.  Almoçamos fartamente. De sobremesa, um pedacinho de paraíso: uma caixa de bis de limão. No lanche: cachorro quente, maionese, milho e batata frita. Para arrematar: Sorvete,  com biscoito waffle e nutela! Eu juro: dois litros de sorvete foram parar nas nossas barrigas naquele domingo. Nós começamos a segunda dois quilos mais gordos e com a certeza de que seguiríamos nossas dietas até os respectivos pesos ideais e viveríamos magros e felizes para sempre. Acontece que era tarde demais. O Espírito Gordo já estava instalado em nossa casa e em nossas mentes. A partir daquele domingo chuvoso de setembro ficou muito difícil fazer as opções certas, ou melhor, as opções magras. Ficaram corriqueiras as reuniões na cozinha e assaltos coletivos à geladeira. Tem dias que um de nós está engajado e faz as opções magras. Isso dura até o momento que esse pobre alguém se depara com as tentações. Esse pobre alguém tinha intenção de comer uma maçã. Mas, meu deus do céu. Alguém comprou uma caixa de bis de limão! O espírito gordo dá uma sonora gargalhada, uma piscadela e a maçã é deixada de lado. Maldita caixa de bis de limão! Malditos quilos extras!
Preciso enxotar esse espírito Gordo das nossas vidas. Só não sei como. Ai, vou começar arrumando a casa, limpando as gavetas. Quem sabe eu encontro a Força de Vontade perdida em algum canto? Tenho fé que sim. Nem que para isso seja necessário pedir a ajuda do Super São Longuinho. Eu prometo que dou mil pulinhos quando eu achar. Enquanto isso, o 301 viverá sob uma única lei: Proibida a entrada de bis de limão! 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Próxima Parada: Terra do "Nunca-voltarás"

É minha gente...Meus roommies-amigos-blogueiros elegeram um tema sobre o qual eu não queria falar. O Passado! Fugi daqui, me esquivei dali, me fiz de morta durante mais de uma semana. Mas, estou sofrendo pressões inenarráveis por parte deles, afinal blog está parado. É hora de encarar. Passaporte para a viagem: uma antiga de fotos...Cintos afivelados e lá vou eu.
Primeira parada: Caxambu, lugar onde passei férias quando ainda era filha única. Na foto: pai, mãe, avó e avô. Tudo era tão gostoso...Lembro do gosto da bala de leite que a gente comia lá. Saudades! Meu deus do céu! Por que diabos minha mãe cortava meu cabelo daquele jeito??
Parada 2: Brasília. Eu (com o cabelo mais civilizado) já acompanhada dos meus maiores amigos, inimigos de infância. Meus irmãos! Como a gente brigava. Era guerra mesmo. Tipo: Rocky X ApolloX Ivan Drago. Na foto: Eu, meus irmãos e nossos queridos: Kika, Alfa e Mengo. Detalhe da foto: um pogobol verde e roxo no chão. Minha amiga Kika era uma Cocker mel que mordia todo mundo. Alfa, um dog alemão preto, corpo de cavalo e coração de mãe. Mengo era um papagaio que só sabia assobiar o hino do fluminense. Ele teve um triste fim: o estômago da Alfa. Pensando bem, foi uma sorte a Kika não ter tido o mesmo destino. Saudades!
Em outra foto, eu e minha inseparável amiga de infância no estádio Mané Garrincha. Evento: Show dos Menudos!  Não sei quem gritou mais durante o show: Eu e a minha amiga (nós amávamos o Ray), ou a minha mãe, que berrava “a arquibancada vai cair!" a cada acorde de “Não se reprima”. Saudades!
Outra foto: eu, já adolescente, e as Danis. Existiam 5 na minha sala. Eu tive a sorte de ser a melhor amiga de duas delas. Meu deus do céu!!!! Que cara de horrível era aquela minha? Cara de choro, olho apertado. Mas, peraí, não era uma festa? Precisei de um pequeno esforço para lembrar. Estava chorando horrores porque o Rafael Batella (Quem????) não queria mais ficar comigo. Chorei tanto a caminho da festa que minha lente de contato caiu. Foi uma tragédia adolescente. Nada que uma dança lenta com o Robledo não curasse. Ele tinha esse nome, mas era lindo de morrer. Que saudade!
Meu pai já tinha me ensinado a delícia de torcer. Mas, em 92, descobri a delícia de torcer e vencer! Outra foto: eu, meus irmãos e meu avô- na maior comemoração. O Fla era Penta! Foi a última vez que meu avô foi a Brasília. Muita Saudade!
E era essa a razão pela qual eu não queria mexer no passado. Saudades! Momentos que não voltam mais, pessoas que não vejo com a freqüência que gostaria, ou que se foram de vez. É o passado com toda a sua empáfia mostrando que tudo acaba. Vontade de voltar no tempo correndo, abraçar e beijar cada pessoa que foi importante na minha vida. Vontade de gritar: Hei! Você foi importante! Eu nunca vou esquecer de você. Mas, eu não posso. Ninguém pode.
“Você quer ver um filme comigo?” A voz do meu roommate me despertou da minha impotente revolta nostálgica. Tive uma espécie de epifania. Se eu não tivesse crescido, saído de Brasília, eu não teria conhecido meus amigos do Rio, eu não teria vivido tanta coisa boa, meu irmão não teria me dado uma linda sobrinha, o flamengo nem teria sido hexacampeão... Talvez as coisas passem e as pessoas vão embora para que outras possam caber na foto da sua vida! Fechei a caixa de fotos e dei um abraço apertado no meu roommy. Foi minha maneira de dizer o quanto eu era feliz por ele estar na foto da minha vida naquele momento. “Eu quero ver o filme contigo”, respondi. Acho que ele ficou meio sem entender. Eu nem perguntei que filme era. Não importava. Decidi que antes desse momento virar passado (e todos viram) vou fazer dele infinito. Enquanto ele durar.

domingo, 24 de outubro de 2010

O Som (Saudade)


Uma e meia da madrugada. Chego à casa de minha mãe (casa que outrora fora também minha), feliz por acabar de compartilhar com minha irmã, (na casa dela), um desses momentos corriqueiros e dos quais mais sentimos falta quando moramos longe da família. Assistimos a um filme após fazermos minha sobrinha dormir. Venho só para o quarto que me é destinado nesses períodos de retorno ao lar. Minha mãe dorme em um quarto, minha avó ressona no outro. Silêncio. Aconchego familiar... mas parece faltar algo. Um som. Sim. Falta o ronco de meu pai, tão reconfortante nos momentos insones da minha infância. O som de que tudo estava bem, eu estava seguro. O ronco do meu pai era o som da proteção. E agora, à beira dos 33 anos, senti-me desamparado pelo silêncio da madrugada. Resolvi escrever. Neuroses, paranóias e demais problemas que usamos para fugir da mais real constatação do desamparo a que estamos fadados, ficaram pequenos. O silêncio é quebrado por uma serenata de cães ao redor do bairro. Eu aqui, acordado, escrevendo e fantasiando que em algum momento, vou ouvir de novo aquele ronco e como uma canção de ninar me fará adormecer... tranqüilo, protegido... Feliz em supor que agora tudo está bem. Pelo menos agora...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Let's face it!!!


O passado às vezes pode doer... mas de fato o que somos é o resultado de uma receita única, onde os ingredientes são dores, alegrias e todas as experiências que temos em nossa vida... E se o que nos tornamos é resultado de todos esses acontecimentos, porque ignorá-los?

Aprender com os erros, se orgulhar dos acertos... sempre andar pra frente e nos tornar melhores do que somos... 

Keep Moving Forward!!!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Futebol e Suas Historinhas

Era uma vez um apê que não tinha tevê a cabo. Nele, moravam quatro pessoas: Huguinho, Zezinho, Luisinha e Rosinha. Um belo dia Luisinha convidou os amiguinhos para irem tomar chope. Os amiguinhos estranharam. Tomar chope, numa quarta à noite, do nada? Luisinha confessou que tudo que ela queria era assistir o jogo do Fla e refez o convite. Na verdade, ela implorou e ainda subornou os amiguinhos com chopes grátis.
No bar, Huguinho e Rosinha já sentaram logo de costas para a tevê. Zezinho sentou-se ao lado de Luisinha.  Chopes na mão e brinde.  O placar da tevê mostrava Ava 0X 0  Fla. Zezinho, o mais bonzinho de todos, tentou demonstrar um certo interesse pelo interesse de Luisinha. E começou: Que campeonato é esse? Se esse jogo terminar em empate, o que acontece?   Luisinha ia explicar que era um campeonato de pontos corridos e tal...mas ele emendou outra pergunta. O que é AVA? Luisinha falou para Zezinho. Nesse momento, eles se olharam e decidiram parar de fingir que existia alguém além de Luisinha, naquela mesa de bar, interessado na partida. Beberam muitos chopes e foram felizes por aquele breve sempre.  
Algum tempo depois...Em dias mais floridos que outrora...
Era uma vez um apê que tinha tevê a cabo! E não só isso! Tinha um mês de PFC grátis!!!! (E Luisinha comemora sozinha!) Um belo dia, Huguinho, Zezinho e Rosinha resolveram oferecer um almoço para uns amigos: Branquinha de Neve, Belinha Adormecida e Cebolinha. Na televisão passava o grande clássico: FlaXFlu. Enquanto Luisinha passava mal de nervoso com lances emocionantes, os amigos confraternizavam entre si e às vezes participavam com comentários enriquecedores tipo: “foi gol de quem? Do Batavo ou da Unimed?”. No momento em que Luisinha achou que ia explodir, ou melhor, ia explodir a cabeça dos amiguinhos.... Intervalo. Ufa! A tevê começou a mostrar o que estava acontecendo nos outros jogos pelo Brasil. Um deles era AVA0X1Grêmio. Zezinho logo perguntou: “O que é AVA mesmo”? Luisinha impaciente tomou fôlego para responder. Mas, Branquinha de Neve interveio: “AVA é Avatar”! Elementar, meu caro Watson. Luisinha explodiu numa crise de riso profunda.
Mas, a Bruxa má que habitava dentro dela teve um pensamento involuntário: “Distribuição urgente de maçãs envenenadas para geral no próximo jogo”! Nesse momento, gol do Fla. Luisinha afastou o pensamento. E viveram felizes para sempre... até a próxima quarta.

* AVA: De uma vez por todas, significa: Avaí Futebol Clube!!!!!!!

sábado, 16 de outubro de 2010

HANGOVER


NO 301 MUITO SE CRIA!!!!
VÍDEO FEITO PARA A FESTA RESSACA... 
CRIADO E EDITADO POR ANDRÉ E RICK

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sem por Cento

Sexta, véspera de feriadão. Pré-festa em casa com 9 amigos e 12 garrafas de cerveja! 11:30 hs: Partiu! Taxi: 5 reais para cada. Ingresso: 35 Reais. Animação: 100%, regada a pop music e cerveja a 5 reais. (X) 5 = Y (onde Y é total de cervejas consumidas e X é a variável que varia conforme a disposição dos cervejeiros, ou ao bolso dos mesmos). Parciais: Quase 2000 pessoas: Mil homens homossexuais, 100 mulheres homossexuais, setecentas mulheres heterossexuais (500 delas bonitas), 100 homens indecisos, 100 homens heterossexuais (10 lindos, 20 bem interessantes) !!!!!!!!! Qual é a probabilidade de uma mulher heterossexual de beleza mediana ficar com um homem heterossexual interessante? Aproximadamente zero. Mas, como aproximadamente não é zero, a menina de beleza mediana tinha 0,5% de esperança de que algo bacana acontecesse. Eis que um moreno alto, bonito e sensual (Hétero) se aproximou da menina de beleza mediana e pronto. "Beijos, abraços, carinho sem ter fim". E ainda: Troca de telefones. Perspectiva de continuidade: 25% (estatística baseada no fato de que os homens quase nunca ligam no dia seguinte)
Dia seguinte 18 horas. Telefone toca. 15% de chance de ser ele. E é. A frequência cardíaca da menina de beleza mediana, que a esta altura já esta´se sentindo linda: 140 Bpm. Diálogo doce e macio até que ele pergunta: "Então, como é que a gente vamos fazer para se encontrar??????" Ui! probablidade de concentração apenas na beleza e nos beijos do rapaz = 5%, Probabilidade de ignorar aquele português = 0; Chances de continuidade= -1. A menina saiu pela tangente e desligou um pouco decepcionada. Mas, pensou, "Ah, noves fora, Zero, foi 100% divertido".

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sobre o Tempo

Alerta:
Preparem os guarda-chuvas...
Tempestade a vista...
E a prazo... expirado ou não...
Intempérie
Do latim, intemperie
Mau tempo.
Meu tempo...
Não achado
Nem sempre procurado
Porém passado,
Lavado e secado
Chove torrencialmente
Gotas de segundos,
Minutos de ventos.
Raios de horas,
Que o partam...
Em dois ou mais
O tempo... Tem?
No presente... pressente...
Rimas e trovoadas
Em meio a tempestade não adianta guarda-chuvas...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Da Arte de Enfrentar o Tempo

Quem nunca quis matar o amigo que disse: “Ah, liga não, com o tempo isso passa”? Pois, é. Em tempos de recomeço, o Tempo é um grande inimigo. São infinitas horas, repletas de minutos, cheios de falta de ligações. E o ponteiro dos segundos teima em passar em câmera lenta!
Nos primeiros tempos, a única saída é sair. Dizer “sim” a todo e qualquer tipo de festa, comemoração, e evento. As companhias? Qualquer um que agüentar a maratona: Amigos, conhecidos, companhias inusitadas; até os inimigos são bem vindos. Tempo regado a samba, suor e cerveja! De repente, mais uma semana de trabalho! Cansaço! Você pára um pouco para respirar. Hum! E olha ele de novo. O Tempo com suas infinitas horas, repletas de minutos, cheios de falta de ligações. E o ponteiro dos segundos teima em passar em câmera lenta. Vontade de devorar um chocolate. Vontade de ligar para ele. “Não, não, não”, diz seu anjinho. Mas, o diabinho vence e você devora o chocolate! Mas, não liga para ele. Ponto para você. E já que o tempo não corre, que corra você. Ás onze da noite sim, e daí? Na volta, você tenta reorganizar o caos em que sua vida se transformou. Faz metas para a próxima semana. Entre elas: fazer dieta, não beber, não ir a nenhum tipo de festa, fazer a dieta (2X para reforçar), dormir mais de quatro horas por noite, e é claro, NÃO LIGAR PARA ELE.
Você vai levando a vida como o tempo do relógio tem andado, aos trancos e barrancos, meio se arrastando. Até que um dia, você se pega rindo sozinha e estranhamente gostando do fato de estar sozinha. Sim! Há coisas maravilhosas que só se pode fazer quando está solteira: ficar mais de duas semanas sem se depilar; sair para correr às onze da noite sem dar satisfações; sair para correr as cinco da manhã; comer brigadeiro de colher tomando cerveja; andar pela casa com a roupa mais horrorosa e confortável do mundo; dormir no lado dele da cama (como? Se a cama é sua?) corrijo: Dormir do lado que você quiser dormir; dormir no meio da cama; cantar no chuveiro até a garganta secar; colocar uma música bem alta e dançar, dançar e dançar. E de repente, o Tempo pega fôlego e começa a rodar mais animado. O telefone? Ainda está lá. A vontade de ligar também. Você chega a pegar o celular, mas no som da sala está tocando Billy idol. Você aumenta o volume, larga o celular e pensa: “Talvez eu ligue na semana que vem. Agora, “I’m dancing with myself”.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O Relógio...















Atrasado...
Banho corrido...
Uma roupa qualquer...
Um café “expresso”...
06:07 no relógio-verde-limão-da-cozinha...

Dia de folga...
Computador / Cama / TV...
Academia?
É que... bem... hoje não...
06:07 no relógio-verde-limão-da-cozinha...

Dia corrido...
Resolvendo coisas...
Coisas!
Não me resolvendo...
06:07 no relógio-verde-limão-da-cozinha...

Noite calmaria...
Facebook / Orkut / msn / sms / Youtube
Vida parada… Ponteiros parados...
Falta energia... Faltam as pilhas...
06:07 no relógio-verde-limão-da-cozinha...

Click!
Novos Projetos...
Novos e velhos amigos
Academia? Hoje sim!

Tic Tac... Tic Tac...
06:08... 06:09... 06:10...
...
no relógio-verde-limão-da-cozinha...

Tem Dia Que De Tarde é Assim Mesmo!

Tem dias que não sei o que acontece. Tudo fica meio assim, assim. Parece que tudo é um tédio. Janela: Se faz sol, mesmice. Se chove, mesmice. Mesma sala! Mesmo sofá! Som: Todas as músicas que tocam na rádio são mesmice, se você tentar colocar outro tipo de música para tocar no DVD vai ser mesmice. Tevê a cabo? Mesmos esportes, mesmas notícias, mesmos corruptos, mesmo país, mesmas séries, mesmos atores... Filmes? Mesmice! Novas versões da velha história de Romeu e Julieta, que é versão de outra história de amor mais velha ainda. Inúmeros filmes de amor, de desamor, dramas pessimistas, dramas otimistas, comédias cheias de piadas que você já ouviu, ou ação, perseguições já vistas por todos os ângulos, tiros na Broadway, em Nova York, no Rio de janeiro... Tem dias que parece que você já viu todos os filmes do mundo, até os que ainda não foram feitos. Livro? Letras que se repetem! Ponto, ponto-vírgula, ponto de exclamação, interrogação. Mesmice! Computador? Internet! Redes sociais! Frases de efeito de pessoas querendo se exibir! Mesmice! Barzinho? Boate? Mesmos carinhas, mesmos papinhos. De diferente, só a roupa. Não! Nem a roupa, nem o estilo! Mesmice. E o tempo passa da mesma maneira. O ponteiro dos segundos tem que andar 60 vezes, para o ponteiro dos minutos se mexer para, só depois de 60 vezes de minutos, a hora andar. Mesmice!
Em tardes assim, tenho vontade de inventar tudo de novo. Tudo diferente. Um lugar onde o céu fosse verde, a grama fosse vermelha, as pessoas fossem autênticas, o tempo fosse medido pela quantidade de beijos roubados, em drops de segundos, em minutos de montanha russa, em horas de algodão doce! Mas, peraí! Se no meu mundo existisse céu, grama, as cores verde, vermelho, beijos roubados ou não, drops, montanha russa e algodão doce... Não seria novo. Seria, Mesmice!!!!!!!!!! Tem dia que eu quero que Lavoisier se exploda!!!!!!




quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caipira

Falta inspiração
Farta expiração
Eu piro, tu piras, ele pira...
Transpiramos
Na pira
arroz com pirão
Suspiro profundo
"vai ser gauche na vida"
Um gole de Pirassununga
é bebê, pirá e caí.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Dia em Que a "Grã-Fina das Narinas de Cadáver" passou a gostar de Futebol

Hoje acordei com o telefone aos berros. Não consegui chegar a tempo para atender. Uma mensagem!
“Oi, amiga. Programinha de meio de semana. Terça, churrascão. Vem todo mundo para cá assistir o jogo do nosso Fla. Quarta, vem todo mundo para cá fazer o enterro dos ossos e torcida contra o botafogo. Quero ver esse time bem longe da zona de classificação para a Libertadores. Ah, traz cerveja. E dois de outubro, pode marcar na agenda, vamos ao Engenhão assistir Flamengo e Botafogo. Depois me liga. Bjão”.
Achei que ainda estava sonhando. Ouvi a mensagem de novo. Como é que uma pessoa que não sabia “quem era a bola” até ontem, hoje fala com tamanha desenvoltura sobre futebol? E marca compromissos no meio da semana por causa de futebol?!
Se vocês a conhecessem iriam entender meu espanto. Para vocês terem uma noção: eu a apelidei, secretamente, de “Grã-Fina das Narinas de Cadáver”  (Personagem de Nelson Rodrigues, que entre outras coisas, não entendia nada de futebol). Fiquei preocupada com a minha grã-fina. Das duas uma: ou ela estava sendo ameaçada com uma arma na cabeça, ou ela tinha enlouquecido completamente. Liguei para ela. Ela atendeu e disse: O Nestor me traiu!
Ah! Nesta possibilidade, eu não tinha pensado. Nunca subestimei o poder de transformação que a dor nos faz ter. Mas, dessa vez fiquei surpresa. Ao invés de fritar o coração do noivo traíra e comê-lo com batatas, ela resolveu fazer um churrasco. Um não. Dois. E no meio da semana! No coração da minha amiga agora ardem duas paixões: o amor pelo Flamengo (time que o Nestor não suportava) e a aversão pelo Botafogo-do-Nestor.
Temerosa de que o coração da minha amiga sofresse mais uma contusão, eu coloquei a real: “Amiga, esse ano está muito difícil. O Flamengo não está bem na competição”. Ela respondeu: “Eu acabei de terminar um namoro de 5 anos. Não tenho mais medo de desafios. Hei de torcer, torcer até morrer!” E Confessou: “Não sei se você vai entender, mas o futebol faz eu me sentir menos sozinha!”
Entendia perfeitamente. Ótimo para mim. No jogo da minha vida, ganhei um reforço de peso. Só espero, para o bem dela, que o tempo corra rápido. E que, até o final do campeonato, o Botafogo-Do-Nestor volte a ter proporções reais na vida da minha amiga. Que seja apenas o que é: o Botafogo, e nada mais. Enquanto isso não acontece, partiu Engenhão, dia 2 de outubro! Na torcida para que a nossa estrela brilhe esse dia. Se o resultado for negativo? Bom, faz parte. (Nessas épocas de Silas, Diogo e afins faz mais parte ainda). O importante no momento é que minha amiga não se sinta solitária. E, podem acreditar,  nenhuma estrela é solitária na torcida do flamengo.

Espelho, espelho meu!


VIVER = CRESCER... DIFÍCIL?!

sábado, 25 de setembro de 2010

SEXTA 13

E que engraçado, para não dizer trágico, era sexta 13. Acreditem, nem Fantasma, Freddy kruger, Norman Bates...Nada! Nada mais aterrorizador do que um tilintar de chaves e o olhar da despedida.
No inicio desse mesmo dia, nas minhas andanças pelos canais de TV aberta, uma aula matinal: a sexta 13, astrologicamente está associada à morte. Irônico, não? Explico! É a morte, não no sentido de fim! Que loucura, é claro que é um fim, mas não um fim total e sim um fim para um novo começo. A Sexta 13 simboliza a transformação, a mudança, a vida que se renova.
Só um minuto! Quem disse que eu queria renovar alguma coisa? Eu estava lá no meio do meu filme: uma comédia romântica bem água com açúcar quando de repente a trilha sonora mudou. Eu fui jogada num filme de terror, bem naquela cena em que o mocinho está fazendo amor com a mocinha numa cabana remota... (Ah, ok, nesse tipo de filme ninguém faz amor...) Correção: estava eu trepando horrores numa cabana no meio do mato quando aquela figura de máscara veio com aquele machado maldito e assassinou o meu namoro. E eu fugi assustada para o meio da floresta. Não! Eu não quero a transformação da sexta 13! Eu quero o velho. Eu quero aquela boca, aquele beijo, aquela pele...Será que eu posso ficar aqui escondidinha, esperando a sexta-feira 13 - parte II começar? Quem sabe ele não volta à vida nessa sequência? O filme poderia se chamar: Sexta feira 13 - Parte II, o Recomeço. E Quem sabe, então, tudo volte a ser o que era antes?
O que eu estou dizendo? É sexta-feira 13 e não a “Volta dos Mortos Vivos”. Além do que, quem assiste filme de terror sabe que todos os que voltam do mundo dos mortos, voltam meio estranhos: meio zumbis, meio sonâmbulos, meio maus. Sem contar o fato de que votam feeeeios à béça.
Está bem! Entendi! É tempo de mudança e pronto! Essa é a cena em que você deve se sentir como um aluno de “Sociedade dos Poetas Mortos”. É o momento em que você sobe na cadeira para enxergar a vida por um outro ângulo. A trilha sonora é de incentivo.
Com a nona de Bethoven ao fundo, você percebe que o mundo é maior do que você imaginava. (Risos, para não chorar!) Ah, pode parar de tocar a orquestra toda. Chega de ode à alegria. A realidade do momento é: o filminho da minha vida está mais preto e branco agora e eu vou ficar um tempinho aqui, escondida na floresta, esperando a sexta 13 virar um sábado ensolarado qualquer. Enquanto isso, vou escolhendo o gênero que quero viver. Nada de romance! E definitivamente, nada de terror! Quem sabe uma aventura, daquelas que o protagonista é engraçado, charmoso e meio atrapalhado? Sim! Será divertidíssimo. Já posso até ouvir os primeiros acordes da nova trilha. Será o despontar dos primeiros raios de sol de um sábado ensolarado qualquer? “Oh, Captain, My Captain”! Aonde foi parar aquela cadeira?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quem Não Tem Copo...

Madrugada insone...
Corpo fora da cama
Luz... porta... corredor...
Corpo caminha
Luz... cozinha...
Sede? Fome?
Geladeira...
Corpo para...
Vai água mesmo.
Armário...
Corpo procura...
Copo,copo, copo
Só caneca...
Descascada...
Amarela...
De ursinho...
“O melhor tio do mundo”
Estive na "PQP" e me lembrei de você...
Só caneca...
Copo com asa...
Glup, glup, glup...
Saciado o nada...
Copo alado na pia...
Corpo caminha...
Escuro... corredor... porta
Quarto... escuro... cama
Corpo sem asas
Só caneca...
Voa pensamento...

domingo, 19 de setembro de 2010

A Louca da Casa

Nossa casa é um terreno fértil. Pensem bem: o que acontece quando se juntam sob o mesmo teto um psicólogo-ator-editor, uma radialista-atriz-roteirista, um diretor aficcionado por animação?  Um longa-metragem? Não, ainda, não. Somos três pessoas em busca. Em busca de realização, amor, felicidade, festa, trabalho, dinheiro, bons projetos, sonhos, metas...e sem dúvida, de um sinteco novo. Somos um trio de pessoas diferentes, meio parecidas, que se complementam. Sessões de terapia em grupo, sessões de cinema no Home theater do André, alguns desentendimentos (por que homem tem dificuldade de baixar a tampa da privada?), encontros noturnos para assalto coletivo à geladeira, muitos eventos, muitas conversas, muitas risadas, algum chororô (fundamental e necessário). Somos irmãos e nos damos suporte. Cada um do seu jeito.
André é a pessoa mais humana da casa, sem dúvida. Sempre doce e amigo, um eterno incentivador em todos os campos das nossas vidas. E que organização! Mas (sempre tem um mas), não gosta muito de receber críticas.
Rick um grande parceiro! Animado, pilhadíssimo, muito inteligente. Feroz nos conselhos! Sim, porque ele diz a verdade e pronto, doa a quem doer. E como dói! Ele me dá muitas injeções de realidade. Mas (sempre tem um mas) é bagunceiro!!!! Não é qualquer tipo de bagunceiro. Você conhece alguém muito bagunceiro? Pois, é, o Rick é mais.    
Eu? Vou deixar que eles falem de mim e depois eu me defendo.
Somos artistas sim! Sensíveis sim!  Escrevemos porque é preciso, escrevemos porque é necessário, escrevemos para que todas as histórias que acontecem não se transformem em pó, escrevemos porque observamos as pessoas, escrevemos porque temos muito a dizer, escrevemos porque se não a “louca da casa” nos sufocaria.
Entendam! A louca da casa não sou eu! (Talvez os meninos achem isso!) Explico: Rosa Montero, uma autora espanhola, escreveu um livro cujo título é  “A Louca da Casa”.  A louca da casa é a nossa imaginação. Achei perfeito! Nosso blog é o resultado de uma colher de sopa bem cheia de experiências próprias, com uma xícara de chá das experiências alheias; uma dose de vodka (não podia faltar); uma colher de açúcar (para adoçar a vida) e uma grande pitada de imaginação. Junte a sua louca da casa às nossas e boa jornada.