sábado, 25 de setembro de 2010

SEXTA 13

E que engraçado, para não dizer trágico, era sexta 13. Acreditem, nem Fantasma, Freddy kruger, Norman Bates...Nada! Nada mais aterrorizador do que um tilintar de chaves e o olhar da despedida.
No inicio desse mesmo dia, nas minhas andanças pelos canais de TV aberta, uma aula matinal: a sexta 13, astrologicamente está associada à morte. Irônico, não? Explico! É a morte, não no sentido de fim! Que loucura, é claro que é um fim, mas não um fim total e sim um fim para um novo começo. A Sexta 13 simboliza a transformação, a mudança, a vida que se renova.
Só um minuto! Quem disse que eu queria renovar alguma coisa? Eu estava lá no meio do meu filme: uma comédia romântica bem água com açúcar quando de repente a trilha sonora mudou. Eu fui jogada num filme de terror, bem naquela cena em que o mocinho está fazendo amor com a mocinha numa cabana remota... (Ah, ok, nesse tipo de filme ninguém faz amor...) Correção: estava eu trepando horrores numa cabana no meio do mato quando aquela figura de máscara veio com aquele machado maldito e assassinou o meu namoro. E eu fugi assustada para o meio da floresta. Não! Eu não quero a transformação da sexta 13! Eu quero o velho. Eu quero aquela boca, aquele beijo, aquela pele...Será que eu posso ficar aqui escondidinha, esperando a sexta-feira 13 - parte II começar? Quem sabe ele não volta à vida nessa sequência? O filme poderia se chamar: Sexta feira 13 - Parte II, o Recomeço. E Quem sabe, então, tudo volte a ser o que era antes?
O que eu estou dizendo? É sexta-feira 13 e não a “Volta dos Mortos Vivos”. Além do que, quem assiste filme de terror sabe que todos os que voltam do mundo dos mortos, voltam meio estranhos: meio zumbis, meio sonâmbulos, meio maus. Sem contar o fato de que votam feeeeios à béça.
Está bem! Entendi! É tempo de mudança e pronto! Essa é a cena em que você deve se sentir como um aluno de “Sociedade dos Poetas Mortos”. É o momento em que você sobe na cadeira para enxergar a vida por um outro ângulo. A trilha sonora é de incentivo.
Com a nona de Bethoven ao fundo, você percebe que o mundo é maior do que você imaginava. (Risos, para não chorar!) Ah, pode parar de tocar a orquestra toda. Chega de ode à alegria. A realidade do momento é: o filminho da minha vida está mais preto e branco agora e eu vou ficar um tempinho aqui, escondida na floresta, esperando a sexta 13 virar um sábado ensolarado qualquer. Enquanto isso, vou escolhendo o gênero que quero viver. Nada de romance! E definitivamente, nada de terror! Quem sabe uma aventura, daquelas que o protagonista é engraçado, charmoso e meio atrapalhado? Sim! Será divertidíssimo. Já posso até ouvir os primeiros acordes da nova trilha. Será o despontar dos primeiros raios de sol de um sábado ensolarado qualquer? “Oh, Captain, My Captain”! Aonde foi parar aquela cadeira?

Um comentário:

  1. Quer um outro ponto de vista? Não precisa "daquela cadeira". Sobe no sofá mesmo... ou não sobe, imagina, cria.. Acho que isso aqui é um bom início, né?! Gostei! Voltarei mais vezes! Beijos, Guga

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