segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Da Arte de Enfrentar o Tempo

Quem nunca quis matar o amigo que disse: “Ah, liga não, com o tempo isso passa”? Pois, é. Em tempos de recomeço, o Tempo é um grande inimigo. São infinitas horas, repletas de minutos, cheios de falta de ligações. E o ponteiro dos segundos teima em passar em câmera lenta!
Nos primeiros tempos, a única saída é sair. Dizer “sim” a todo e qualquer tipo de festa, comemoração, e evento. As companhias? Qualquer um que agüentar a maratona: Amigos, conhecidos, companhias inusitadas; até os inimigos são bem vindos. Tempo regado a samba, suor e cerveja! De repente, mais uma semana de trabalho! Cansaço! Você pára um pouco para respirar. Hum! E olha ele de novo. O Tempo com suas infinitas horas, repletas de minutos, cheios de falta de ligações. E o ponteiro dos segundos teima em passar em câmera lenta. Vontade de devorar um chocolate. Vontade de ligar para ele. “Não, não, não”, diz seu anjinho. Mas, o diabinho vence e você devora o chocolate! Mas, não liga para ele. Ponto para você. E já que o tempo não corre, que corra você. Ás onze da noite sim, e daí? Na volta, você tenta reorganizar o caos em que sua vida se transformou. Faz metas para a próxima semana. Entre elas: fazer dieta, não beber, não ir a nenhum tipo de festa, fazer a dieta (2X para reforçar), dormir mais de quatro horas por noite, e é claro, NÃO LIGAR PARA ELE.
Você vai levando a vida como o tempo do relógio tem andado, aos trancos e barrancos, meio se arrastando. Até que um dia, você se pega rindo sozinha e estranhamente gostando do fato de estar sozinha. Sim! Há coisas maravilhosas que só se pode fazer quando está solteira: ficar mais de duas semanas sem se depilar; sair para correr às onze da noite sem dar satisfações; sair para correr as cinco da manhã; comer brigadeiro de colher tomando cerveja; andar pela casa com a roupa mais horrorosa e confortável do mundo; dormir no lado dele da cama (como? Se a cama é sua?) corrijo: Dormir do lado que você quiser dormir; dormir no meio da cama; cantar no chuveiro até a garganta secar; colocar uma música bem alta e dançar, dançar e dançar. E de repente, o Tempo pega fôlego e começa a rodar mais animado. O telefone? Ainda está lá. A vontade de ligar também. Você chega a pegar o celular, mas no som da sala está tocando Billy idol. Você aumenta o volume, larga o celular e pensa: “Talvez eu ligue na semana que vem. Agora, “I’m dancing with myself”.

2 comentários: