terça-feira, 1 de maio de 2012

É Proibido Permitir ou a Casquinha de Sábado à Noite



Seria liberado, se não fosse proibido;
Seria errado, se não fosse irracional;
Seria quase amor, se não fosse ânsia;
Seria doce o olhar, se não me despisse da cabeça aos pés;
Seria suave, se não fosse o desejo;
Seria suspiro, se não fosse ofegante;
Seria compromisso, se não fosse descompromisso;
Seria infinito, se não fosse momentâneo.
E se fosse?
Ah, se fosse...Seria liberado e não proibido.
Num suspiro calmo, de quase amor.
Nas manhãs de olhar doce, a cada despedida,
E nas noites, a cada reencontro,
Na tranquilidade do se saber infinito,
Aquele olhar, logo se tornaria cansado,
Ansiando pelo momentâneo ofegante
Da liberdade proibida de um sábado à noite qualquer.
E se não fosse?
Ah, se não fosse... o sábado à noite seria permitido e ponto. Sem as vírgulas de um “se” de proibida liberdade, e ele sentiria saudade da sua rotina de quase amor.   

Roberta Saboya

Nenhum comentário:

Postar um comentário